sexta-feira, maio 21, 2010

"a quem procura abrigo, e proteção" Renato Russo

": nenhum amor floresce preso numa casa, sem contemplar, por instantes, a luz de uma tarde.."
Rita Apoena

Deixei os dois pontos no início de propósito. N., eis acima a conclusão poética de tudo o que conversamos ontem. E sim, doeu ouvir (ler) tudo aquilo, mas não por alguma acusação tua, pois isso eu não senti, mas pela constatação mesmo daquilo que já sei e insisto em esconder, sabe aquela estória que R. me disse outro dia que a poesia que eu vejo nas situações pode não estar nas situações, pode ser mesmo reflexo da poesia que está em mim? Então.
Anyway (como diria meu querido Caio F.), é bom saber que a minha dor, que as minhas espécies de dor, minhas espécies de amor não são inéditas, embora eu me julgue sim uma pessoa incomum, que pessoas por aí sofrem e/ou regojizam dos mesmos males e/ou pelos mesmos encantamentos.
Difícil saber porquê. Difícil parar de filosofar. Difícil deixar de ser eu mesma. Não, mas isso não quero... Difícil ser quem sou sem doer. Difícil agir com inteligência e método neste caso, logo eu, que vocês dizem que tenho um raciocínio rápido, não consigo pensar em frases de efeito que digam na hora, no instante antes de por tudo a perder, tudo o que sinto e sou neste caso. E espero que meu modo delicado de enxergar miudezas seja percebido e levado em conta, que meu afeto produza afeto em alguém. Não sei o que fazer dessa inteligência, não sei o fazer dessa fragilidade, não sei o que fazer dessa necessidade. Mas posso me proteger, talvez P. não esteja tão errada assim...
Obrigada por entender a minha essência. Vou abrir uma comunidade no orkut pra você: "Amigos que enxergam os amigos".
Te abraço forte e te beijo (Como Caio F. também)

2 comentários:

  1. Filosofei com P. ontem...rsrs E talvez P. não esteja errada assim... Aliás, senti, verdadeiramente, pela primeira vez, que P. está buscando em si, e não nos outros, a cura para sua própria dor. E isso nos faz mudar. Ser quem nunca fomos, apesar de, às vezes, ser difícil deixar de sermos quem somos hoje. Mas isso é bom! Ah, é muito bom! Como é bom! Nos dar uma sensação de liberdade, pois deixamos para trás o que não mais nos serve. Como um trocar de pele. Mas nesse caso, é renovar a alma e revigorar o espírito. E o melhor de tudo: seremos sempre nós mesmos, pois o que é nosso não é de ninguém!

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  2. Ah! Adorei: "Te abraço forte e te beijo".
    Outro pra você!

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